. Sintaxe à Vontade .

.  Sintaxe à Vontade  .

sexta-feira, 27 de julho de 2007

Já é um momento que não existe (?)

Frio. Pessoas. Música. Coisas. Festas.
Pessoas. Forró. Cordel. República.
Amiga. Cerveja. Pessoa. Felicidade. Amiga.
Pessoa. Falta d'agua. Churrasco. Pessoa.
Taberna do Conde. Pessoa. Amigos. Igreja de São Pedro.
Pessoa. Dia bonito. Filme. Trabalho. Sono.
Sonhos. Esperança. Conversas. Amigos.
Poço. Rock. Música. Feliz. Cerveja.
Farofa carioca. Amigos pra vida inteira. Vilarejo inesquecível (sempre)




Eu vou cantar pra saudade...Com seu vestido vermelho e a sua boca. Eu vou cantar pra saudade descer na minha cabeça e comandar sua festa. Aquele cheiro, som, imagem do teu corpo incendeia ... E um rio carregado de saudade vem correr na minha veia. Na veia, amor, na veia!!! É como a luz da lua que atravessa a parede da cadeia: clareia mais forte que o sol! E Quando a saudade chegar com seu batalhão de agitadores e tantas bandeiras... Vou cantar aquele som da gente, vou rasgar o teu vestido novo...




Cordel ... Pessoa.


HistOrieta voltando (será)

sexta-feira, 20 de julho de 2007

Vilarejo


"Há um vilarejo alí
onde areja um vento bom
Na varanda, quem descansa

Vê o horizonte deitar no chão"

Comenta-se que esse vendo é mágico.

Não entendo bem o porque.

Que esse horizonte tem a melhor vista de todas.

Também quiz entender.


"Lá o tempo espera

Lá é primavera

Portas e janelas ficam sempre abertas

Pra sorte entrar"

Até dizem que, por vezes, o tempo pára.

Ou acelera, ao seu querer.

Não compreendi.

Que a sorte fica a sua disposição.

Basta querê-la com força.


Não entendi bem o significado de tudo isso. Engraçado que não entendi, mas vivenciei. Pois aconteceu, e é real. Parece até absurdo: Fui ao vilarejo! Me senti tão bem...

Então minha vida fica dividida entre o que foi antes do vilarejo e os 3 anos depois (mas não foram 3 meses?).

Ideologia, personalidade, gostos, pensamentos, gestos ... tudo fica diferente. E as coisas da vida ficam mais fáceis de serem aceitas. Fica mais fácil lutar pelo que se quer. Fica mais fácil querer e ser. Fica mais fácil ser o que se é.
É a força do vilarejo.

Preciso voltar entende?
Deixei ainda muita coisa por lá ... Preciso recuperar!

Preciso deixar algo lá ... e esquecê-lo!

Tenho que encontrar novamente o vento, a varanda.
A primavera, as portas.
O horizonte, a sorte ...

... e que termine como tem que terminar:

"Tem um VERDADEIRO amor
Para quando você for"



Acho Stranger
que terá que mudar novamente
...
quem sabe HistOrieta???
boua pedida!!!
;)

quarta-feira, 18 de julho de 2007

Dos três mal amados

" O amor comeu meu nome, minha identidade, meu retrato
O amor comeu minha certidão de idade, minha genealogia, meu endereço
O amor comeu meus cartões de visita, o amor veio e comeu todos os papéis onde eu escrevera meu nome
O amor comeu minhas roupas, meus lenços e minhas camisas,
O amor comeu metros e metros de gravatas
O amor comeu a medida de meus ternos, o número de meus sapatos, o tamanho de meus chapéus
O amor comeu minha altura, meu peso, a cor de meus olhos e de meus cabelos
O amor comeu minha paz e minha guerra, meu dia e minha noite, meu inverno e meu verão
Comeu meu silêncio, minha dor de cabeça, meu medo da morte"


Gostaria muito de ter escrito isso.
A fome de amar que ultrapassa a morte.
Que ultrapassa até a própria pessoa.
Exagerada, eu?
sim



João Cabral de Melo Neto

Vai Stranger,
Vai ser gauche na vida!

segunda-feira, 16 de julho de 2007

Para começar, um início!


Achei propício colocar esse filme, para iniciar ...
Diálogo do filme O carteiro e o poeta.

O filme se passa numa pequena ilha da Itália que teve seu cotidiano abalado por um poeta que foi exilado de seu país.

O poeta se chama Pablo Neruda.

E essa é a história de um relacionamento quese fraternal entre Don Pablo e seu carteiro, o então peixeiro e sonhador Mario.


O que Neruda retruca:
- Não é justo me cobrir de sorrisos e metáforas!
- Don Pablo ... O que são?

- Metáforas? É qdo se fala de uma coisa, comparando-a com outra.
- Isso é algo que se usa na poesia?
- Também ...


Após o poeta dar um exemplo simples que do céu que chora, falando da chuva, Mario, o carteiro, pergunta:

- Por que tem um nome tão complicado?

- O homem não tem nada a ver com a simplicidade ou complexidade das coisas.

[...]

Mario não contente:
- Porque "o cheiro de uma barbearia me faz soluçar em voz alta"?

(remetendo a obra de Neruda que acabara de ler, Odes Elementares)

E continua

- Também gostei quando escreveu: estou cansado de ser um homem. Isso também acontece comigo mas nunca soube como dizer. Realmente gostei qdo lí ...

- Você vai ver, Mario ... Não posso lhe dizer com palavras diferentes das que usei. quando você a explica, a poesia se torna banal. Melhor do que qualquer explicação... É a experiência de sentimentos que a poesia pode revelar a uma alma suficientemente aberta para entendê-la



Bom início, stranger,
bom início
^^
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