Pensei em não colocá-lo aqui. "Muito grande", achei (mas) foi ...
Se eu te disser que faz tempo, estou mentindo. Escuto um som. Uma música. Seria um Jazz? Seria qual voz? Deixa estar... Não saber o que me agrada, me desagrada. Jogar-se ao abstrato, seria mais fácil. Se não penso, logo existo, logo vivo. Intenso. Está tudo tão calmo. Tranqüilo como um furacão. Porque deve ser feito desse jeito, tentando sofrer antecipadamente? Chove agora? Chove mesmo, de verdade? Coincidência. O jazz agora faz parte de mim. Onde estaríamos agora? Se a possibilidade existe, é melhor que a pensemos como o agora. (Com)paixão. Não entendo bem isso. Quer realmente me explicar? Não sou ingênua. Ou seria? Não sei o que sou ao certo. Pensando bem, eu sei o que não gosto. Não me deixe nessa prisão. Não me deixe não saber o que está pensando. Não me coloque de lado, como um brinquedo velho. Escuto um conselho, ao longe: “não inicie seus pensamentos com uma não”. É válido até negar, mas negue positivamente. O melhor seria clamar que gosto de me sentir livre. Que gosto de saber onde meus sentimentos estão repousando. Que gosto de me sentir viva. Sentir que não sou brinquedo. (sobre)vive(rá). A verdade sobre lançar-se a algo que não se tem um ponto de apoio, no princípio, pode ser atraente. Na verdade, é. O perigo que se corre é alto. “Mas apenas é início” pensei. Lançar-se ao inesperado, ao que se vê apenas ao longe é formidável. E quando foge ao nosso controle? E depois, quando já avistamos a margem do paraíso. Como não querer tê-lo todo? Medo. E o que antes era apenas uma aventura... Mas essas coisas de jovens... Gosto do gasto, gosto do profundo. Arrisco-me no intenso. Total. Seria pra ser tudo ou nunca mais! Devo pensar no nunca mais? A idéia parece-me até absurdo: porque não pensar num futuro? Afinal, nem o presente mais nos pertence! (Re)pára. Não tenho mais tempo de pensar no tempo. No tempo presente, nem futuro. Preciso viver. Viver o que reservaram para mim. O que eu reservo para mim. Há tanto gostar. Tanto querer. Há tantos abraços. Tantas palavras bonitas. Há tantos gestos. Há o que sei que posso e o que ainda nem sei que há de bom para se dar a outra pessoa. Tudo dentro de mim. Tudo guardado. Até quando? (In)segurança. Tenho tantas coisas para aprender. A voz dela me é estranha? Seria uma versão de alguma música antiga? Na verdade, nunca entendi muito de Jazz. Gosto de me levar pela batida do som, do ritmo. Ela vai me levando, levando...Quando percebe, já se está envolvendo, com um riso tamanho, sem aparente explicação, cantarolando, balançando o corpo, deixando correr...evaporando. Preciso voltar à escrita. Estaria eu me recordando da música? Ou isso lhe faz pensar em algo familiar? Não sei mais o que pensar. O que parecia ser facilmente possível, hoje tornou-se tremendamente cruel. Não me venha falar que já passou por isso, por favor. Não são todos os dias que passo por isso. Não são todos os dias que penso que encontrei alguém especial na minha vida. Tenho certeza que na sua não é diferente. Norah despede de mim. Eu despeço dela. Ela me diz “The distance I'm willing to go!”. Tento encontrar alguém pra me acompanhar. Será que esperei muito, (nova)mente? A sorte foi lançada! A sorte é a gente quem faz! Me acompanha?
Boa noite Jazz,
Boa noite chuva,
Obrigada pela companhia.
13 de agosto de 2007