. Sintaxe à Vontade .

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terça-feira, 2 de outubro de 2007

(in) descritível

... Sede, sede profunda e velha. Talvez fosse apenas a falta de vida: estava vivendo menos do que podia e imaginava que sua sede pedisse inundações. Talvez apenas alguns goles ... Ah, eis uma lição, diria a tia: nunca ir adiante, nunca roubar antes de saber se o que você quer roubar existe em alguma parte honestamente reservado para você. Ou não? Roubar torna tudo mais valioso.
O gosto do mal-mastigar vermelho, engolir fogo adocicado.


Não acusa-me. Busca a base do egoísmo: tudo que não sou não pode me interessar, há possibilidade de ser além do que se é-no entanto eu me ultrapasso mesmo sem o delírio, sou mais do que sou normalmente-; tenho um corpo e tudo o que eu fizer é continuação de meu começo; se a civilização dos Maias não me interessa é porque nada tenho dentro de mim que se possa unir aos seus baixos relevos; aceito tudo o que vem de mim porque não tenho conhecimento das causas e é possível que esteja pisando no vital sem saber; é essa a minha maior humildade, adivinhava ela.
O pior é que ela poderia riscar tudo o que pensara.

Seus pensamentos eram, depois de erguidos, estátuas no jardim e ela passava pelo jardim olhando e seguindo o seu caminho.

Fica assim:
Eu com a minha sede; a espera de um mar ou de um copo.
Com a minha tentativa frustada de tentar dizer. Não é porque não tenho as causas, não é porque posso estar "pisando no vital".
Seria porque despertei a minha existência, como não quer acreditar que despertei?

Ah! Quero mais é engolir o fogo adocicado...

... porque não?!


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